
O mercado de banda larga no Brasil é muito concentrado e de baixa velocidade. A entrada das operadoras móveis e da Net, via cabo, neste segmento dinamizou um pouco mais a concorrência - até então funcionando dentro de um monopólio regional, controlado pelas três grandes concessionárias ( Oi, Brasil Telecom e Telefônica).
Essa foi a avaliação feita pelo Secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Rogério Santanna, durante seminário sobre previsão de investimentos nesta área, realizado nesta terça-feira, 29/09, pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica e pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
Santanna não poupou críticas ao comportamento das empresas de telefonia no processo de discussão com o governo da conectividade nos programas de inclusão digital. Segundo ele, as empresas de telefonia nunca foram parceiras do governo nesses projetos, mas cobram agora um apoio que não deram.
O executivo lembrou, por exemplo, que o programa "PC Conectado" teve de mudar de nome para "Computador para Todos", simplesmente porque o governo não conseguiu um acordo com as teles para a oferta, na época, de acesso discado à Internet.
As empresas, segundo Santanna, chegaram a cobrar do governo R$ 9 bilhões para entrar no programa, o que tornou a idéia inviável. Rogério Santanna disse que por muito menos, com apenas R$ 1,1 bilhão, será capaz de levantar uma rede pública de banda larga, com as fibras ópticas apagadas de estatais como Petrobrás, Chesf, Furnas e Eletronorte, sem contar o ativo ainda não liberado pela Justiça da Eletronet
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